domingo, 19 de julho de 2015

pelo Alentejo dentro...

Pelo Alentejo dentro...
Saimos de manhã. Neste Domingo pardo.
Chegámos à ponte longa
sobre um Tejo largo,
a perder de vista.
Era outro mundo.
Um céu azul, alto,
com nuvens em bando,
perdidas, brilhando ao sol.
E eis-nos pelo Alentejo, com pinheiros mansos,
são tantos,
não têm conta.
Vêm, depois, os sobreiros,
cada vez mais,
mais desgrenhados,
alguns com a barriga ao léu...
E os arrozais de Alcácer.
Tão verdinhos, assomando a água,
A ressumar a arroz.
E as cegonhas...que asas tão largas.
De tão grandes,
Como podem voar?
Poisam nos ninhos,
Uma gabela de paus,
A esmo.
Que engenharia!
Ninguém entende.
Resistem ao vento,
como arranha-céus.
Surgem as casas,
aqui e além.
Bem afitadas,
de ocre e azul.
Todas iguais,
no mesmo estilo.
Uma porta só e duas janelas.
A chaminé bordada.
Com muitas flores.
São um encanto.
Doce harmonia...
que inveja ver!
Mafra, 19 de Julho de 2015
17h48m
Joaquim Luís Mendes Gomes

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