Átrio Saldanha!...
Anónimo. A fervilhar de gente.
Uns comem. Outros cavaqueiam.
Saboreando résteas de liberdade.
Vêm dos escritórios cinzentos e frios
Que os há à volta.
Muito formais nas suas vestes.
Casaco e gravata.
Gente opaca.
Não têm raízes.
Subindo escadas.
Ascensores de vidro.
Seguranças hirtas
Guardam as esquinas.
Espaços sem alma,
Sem sol nem chuva,
Que a cidade gera...
Mas tem um piano calado...
De vez em quando toca.
Lisboa, 15 de Julho de 2015
14h49m
Joaquim Luís Mendes Gomes
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