domingo, 13 de dezembro de 2015

relógio de corda...



Relógio de corda…

Trago no peito um aparelho de corda.
Que tudo comanda.
Relógio do ponto.
Me conta meus passos.
Ao ritmo das horas.
Sem solas nos pés.

Reclama bom trato.
Comida às horas.
Sossego e descanso.

Trabalha sozinho.
É mestre.
Acelera, às vezes,
Se lhe falta o ar.

De resto, não cobra
E trabalha barato.
Não sabe das horas,
Nem sabe do mês.

Aprecia o quentinho
E o carinho do peito.
Respeita os vizinhos,
Que nenhum o incomode.

Foi uma prenda.
Herdei-a dos Pais…

Berlim, 13 de Dezembro de 2015
9h37m

Jlmg
Joaquim luís Mendes Gomes

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