quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

balança roberval...



Balança roberval…

Minha balança é roberval.
Tem dois pratos de estanho,
Suspensos dum prumo.
Rigorosamente iguais.

Nela eu peso, cada dia
Minhas acções.
Num, as boas.
No outro, as não.

Segundo a voz da consciência.
A sentença,
Quem ma dita,
Inexorável,
É o ponteiro.

Nunca empata.

Certos dias, tanta lástima.
Nenhuma certa.
Ó que desgraça!

Deixei-me dormir.
Cheguei atrasado.
O patrão ralhou.
Esqueci a carta.
Apanhei uma multa.
Fiquei à nora.

Tive um furo.
Fiquei sem carro.
Voltei a pé.

Entrar em casa,
Só pela janela.
Perdi a chave…

Fui à balança.
Que sarabanda!

Meti-me na cama.
Nem sequer jantei…

Berlim, 11 de Dezembro de 2015
00h01m

Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes




Sem comentários:

Enviar um comentário