Balança roberval…
Minha balança é roberval.
Tem dois pratos de estanho,
Suspensos dum prumo.
Rigorosamente iguais.
Nela eu peso, cada dia
Minhas acções.
Num, as boas.
No outro, as não.
Segundo a voz da consciência.
A sentença,
Quem ma dita,
Inexorável,
É o ponteiro.
Nunca empata.
Certos dias, tanta lástima.
Nenhuma certa.
Ó que desgraça!
Deixei-me dormir.
Cheguei atrasado.
O patrão ralhou.
Esqueci a carta.
Apanhei uma multa.
Fiquei à nora.
Tive um furo.
Fiquei sem carro.
Voltei a pé.
Entrar em casa,
Só pela janela.
Perdi a chave…
Fui à balança.
Que sarabanda!
Meti-me na cama.
Nem sequer jantei…
Berlim, 11 de Dezembro de 2015
00h01m
Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes
Sem comentários:
Enviar um comentário