quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

marco de correio...

Marco do correio…

Era vermelho.
Sempre no meio da praça.
Ou na beira dum caminho.

Ali iam chegando os postais e as cartas.
Cada uma que caía era uma festa.
Com todas à dança.

- para onde é que tu vais?
- vou para Lisboa.
Carregada de amor…

E esse postal?
Vou para tropa.
- só levo saudades, daqui da vizinha.

E aquele envelope lacrado
Que porta lá dentro?

Um tesouro escondido,
Com um conto de rei…

É a mesada.
Tem de dar para um mês…

E esta caixinha,
Tão bem embrulhada
Que leva lá dentro?

É uma boneca
Para minha afilhada…

Berlim, 9 de Dezembro de 2015
10h16m

Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes



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