Marco do correio…
Era vermelho.
Sempre no meio da praça.
Ou na beira dum caminho.
Ali iam chegando os postais e as cartas.
Cada uma que caía era uma festa.
Com todas à dança.
- para onde é que tu vais?
- vou para Lisboa.
Carregada de amor…
E esse postal?
Vou para tropa.
- só levo saudades, daqui da vizinha.
E aquele envelope lacrado
Que porta lá dentro?
Um tesouro escondido,
Com um conto de rei…
É a mesada.
Tem de dar para um mês…
E esta caixinha,
Tão bem embrulhada
Que leva lá dentro?
É uma boneca
Para minha afilhada…
Berlim, 9 de Dezembro de 2015
10h16m
Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes
Sem comentários:
Enviar um comentário