terça-feira, 1 de dezembro de 2015

me entrego à vida...

Me entrego à vida…

Já será escassa.
Mas a agarro a mim com as garras todas
E vou.

O que passou…passou.

O que conta é este momento presente.
Que está sob a minha mão.

Amanhã não sei…
Nem que fosse um dia só.
Valia a pena ouvir um piano
A tocar bem.

Minha esperança é grande.
Tenho fé no meu futuro.
Nunca serei rei nem príncipe.
Eu sei….nem queria.

Só quero a alegria-mor
De ver o sol a pôr-se
E a nascer novo
Em cada manhã.

O tempo não existe.
Só o do vento e da chuva.

O que existe é o mar, na sua magnitude e profundezas
E a serra verde exposta ao sol.
E as alturas dum céu azul.



Quero ser um bom vizinho
Que reza e dá bons dias
A quem passa.

Sorrio. Choro e oro.
Vibro com as vitórias da humanidade.
Deploro os desvarios malsãs
Que a assolam inutilmente…

Ouvindo Rachmaninov, concerto 2 e 3, por Denis Matsuev

Ainda é escuro

Berlim, 2 de Dezembro de 2015
6h30m

Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes


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