Magna solidão…
Ó magna solidão dos
mares
Onde só me encontro
eu e o céu
Na sua imponência
azul.
Onde posso soltar meu
pensamento
Como um papagaio
livre
De cores ao vento.
Onde a esperança e a
fé se irmanam
Numa união total.
A magnitude mora ali.
Total e plena.
Perante mim,
minúsculo ser imperceptível.
Mas com a capacidade
de perscrutar
Os escaninhos do
universo.
Como quem contempla a
obra-prima
Dum pintor excelso.
Minha alma se enche e
voa
No mar imenso da
tranquilidade,
Mirando estrelas e
saboreando
A doce sensação da
existência.
Estou eu, o silêncio
E a solidão numa
harmonia
Quase divina.
Que só a inteligência
vê
E o mar não…
Ouvindo Sibellius em
sinfonia nº 2
O dia não clareou
ainda
Berlim, 18 de
Dezembro de 2015
7h14m
Jlmg
Joaquim Luís Mendes
Gomes
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