sábado, 19 de dezembro de 2015

meus olhos de sol...

Meus olhos de sol...

Ficam grandes e largos
meus olhos de sol,
nesta varanda de luz.

Fitando as nuvens,
sentindo a aragem.
Ouvindo os cardumes
correndo na estrada.

Janelas cerradas,
reflectindo de cor.
Telhados dormentes
caiados de negro.

Antenas escutando o silêncio das ondas.
As árvores caladas, bailando ao vento.
As horas que passam e contam o tempo.

Quem me dera florir.
Inverno e Verão.
Ser pão e fermento,
Quentinho do forno.

Grasnam os corvos,
Alheados do mundo.
É bom estar sentado,
minha alma à solta,
na minha varanda.

Berlim, 19 de Dezembro de 2015
11h3m

Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes

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