Meus olhos de sol...
Ficam grandes e largos
meus olhos de sol,
nesta varanda de luz.
Fitando as nuvens,
sentindo a aragem.
Ouvindo os cardumes
correndo na estrada.
Janelas cerradas,
reflectindo de cor.
Telhados dormentes
caiados de negro.
Antenas escutando o silêncio das ondas.
As árvores caladas, bailando ao vento.
As horas que passam e contam o tempo.
Quem me dera florir.
Inverno e Verão.
Ser pão e fermento,
Quentinho do forno.
Grasnam os corvos,
Alheados do mundo.
É bom estar sentado,
minha alma à solta,
na minha varanda.
Berlim, 19 de Dezembro de 2015
11h3m
Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes
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