sábado, 19 de dezembro de 2015

exposto ao gelo...

Exposto ao gelo...

Passou a noite,
na minha varanda,
exposto ao gelo,
o meu computador.

Tinia de frio quando o abri.
O rato gemia.
As teclas geladas,
se negavam escrever.

Liguei-o à rede.
A ver se aquecia.
Só com o sol,
se resolveu a falar.

Pedindo por tudo
que não o volte a deixar.

Pedi-lhe desculpa.
Saí com os netos,
Para festa da noite,
A feira de natal.
Nunca mais me lembrei.
Fizemos as pazes.
Mas obrigou-me a contar,
Para toda a gente saber...

Berlim, 20 de Dezembro de 2015
8h22m

Jlmg

Joaquim Luís Mendes Gomes

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