Pela berma da estrada…
Caminha lenta e cansada
A manada em linha.
Subindo e descendo,
Pelo meio dos campos e montes,
Sem pastor que as guie.
Só param no rio
Se banhando e bebendo.
Não pensam na vida.
Só pensam na fome
Que matam se piedade nem dó.
Vivem a vida que passa por eles,
Fogo que arde,
Até que apague.
Alheios ao sol e à chuva.
Caminham, caminham.
E não olham para trás.
Seu destino é o pasto
Que tarda a aparecer.
Ali acampam sem tendas.
Comendo verdura do chão.
Ruminam, ruminam…
Ouvindo “nocturnos” de Chopin
Berlim, 17 de Dezembro de 2015
9h45m
Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes
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