sábado, 12 de dezembro de 2015

era só meu...

Era só meu…

Naquele rosto belo,
Sulcaram rugas,
Fundas e sinuosas.
Tem as marcas negras
Dos verões de inverno.

E as linhas finas de cursos de água.
Nascem nos olhos.
Se lançam fortes
Em desfiladeiros até à boca.

Descrevem sendas.
Têm a marca das horas más.

Onde ficou o rosto,
Sereno e puro
Que Deus me deu?
Era só meu…

Berlim, 12 de Dezembro de 2015
19h06m

Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes


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