quarta-feira, 2 de dezembro de 2015

estendal da roupa...

Estendal da roupa…

Estendo ao sol e ao vento
As minhas ocultas vestes
E as da superfície,
Em sacrifício implacável das bactérias.

Reduzo a cinza morta
Todas as misérias estremes
Que escorreram do meu corpo.

Tudo fica branco como a neve
Do polo norte.
Até a morte ali se tortura incandescente.

No final, é a hora do triunfo.
Um açafate cheio.
Minhas roupas em castelo.

E um novo ciclo em forma
Ali começa,
Revestindo o corpo
Porque a alma não precisa…

Está caindo a noite

Berlim, 2 de Dezembro de 2015
16h40m

Jlmg

Joaquim Luís Mendes Gomes

Sem comentários:

Enviar um comentário