segunda-feira, 7 de dezembro de 2015

abeirei-me do mar...

Abeirei-me do mar…

Oiço um frémito profundo
Que vem nas ondas brandas
Deste mar imenso.

Soam lânguidos os lamentos
Dum gigante que, há muito,
Soçobrou no gelo.

Tantos sonhos belos que ali ficaram.
Na sepultura das profundezas.
Quimeras lindas
Que de repente se esvaíram.
Ficou o ermo e a solidão.

Foi há tanto.
Ainda hoje se sente
A exalação final
Daquela lenda sepultada,
No estertor
Duma armadilha traiçoeira…

Ouvindo “titanic”

Berlim, 8 de Dezembro de 2015
7h35m

Jlmg

Joaquim Luís Mendes Gomes

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