À PORTA DA COZINHA
Ninguém vê
o que se passa do lado de lá.
Toda a gente acredita no fogão
e na mão que o faz acender.
A panela da sopa que fica a ferver.
As rabanadas douradas
Que vêm a brilhar.
O cozido ou grelhado,
prontinho a comer.
o que se passa do lado de lá.
Toda a gente acredita no fogão
e na mão que o faz acender.
A panela da sopa que fica a ferver.
As rabanadas douradas
Que vêm a brilhar.
O cozido ou grelhado,
prontinho a comer.
Já ninguém ouve falar
Da pipa de vinho
Que enchia o lagar.
Da pipa de vinho
Que enchia o lagar.
Nem da caneca de tinto
Que saía a escorrrer.
Que saía a escorrrer.
Copos de vidro...
Só estoiram as rolhas
Que nem são de roer.
Só estoiram as rolhas
Que nem são de roer.
Das voltas revoltas
das mãos a rodar
nos gargalos entupidos
sem martelo a bater.
das mãos a rodar
nos gargalos entupidos
sem martelo a bater.
Mesmo assim,
Incham barrigas,
Luzem as faces,
E os beiços corados,
Tingidos de cor,
Do lado de cá,
Bendizem
quem reina lá dentro
Barrete à cabeça,
Com tudo na mão.
Incham barrigas,
Luzem as faces,
E os beiços corados,
Tingidos de cor,
Do lado de cá,
Bendizem
quem reina lá dentro
Barrete à cabeça,
Com tudo na mão.
Eça de Queirós, Aveiro, 18 de Janeiro de 2008
Joaquim Luís Mendes Gomes
Joaquim Luís Mendes Gomes
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