O dissipar do nevoeiro…
Me regalo a ver o dissipar do nevoeiro,
Escorrendo ao sol,
Por entre os ramos dos pinhais.
E o das praias denso
Que confunde a areia com o mar
E oculta as penedias carregadas de mexilhões.
E as barcaças coloridas que ali esperam inclinadas
À espera da sua hora de se fazer ao mar.
Aquele estendal de roupa branca,
Sobre a encosta e sobre o vale,
Onde só fumegam as chaminés
E a solidão dos campanários.
E aquele turbilhão parado
De algodão em rama
A serpentear sobre as águas fluviais,
Ladeadas de salgueiros.
É o reino do silêncio
Que o sol nascente, num instante,
Vai destronar…
Ouvindo Hélène Grimaud ao piano
Berlim, 11 de Dezembro de 2015
6h00m
Ainda é escuro
Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes
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