quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

o dissipar do nevoeiro...



O dissipar do nevoeiro…

Me regalo a ver o dissipar do nevoeiro,
Escorrendo ao sol,
Por entre os ramos dos pinhais.

E o das praias denso
Que confunde a areia com o mar
E oculta as penedias carregadas de mexilhões.

E as barcaças coloridas que ali esperam inclinadas
À espera da sua hora de se fazer ao mar.

Aquele estendal de roupa branca,
Sobre a encosta e sobre o vale,
Onde só fumegam as chaminés
E a solidão dos campanários.

E aquele turbilhão parado
De algodão em rama
A serpentear sobre as águas fluviais,
Ladeadas de salgueiros.

É o reino do silêncio
Que o sol nascente, num instante,
Vai destronar…

Ouvindo Hélène Grimaud ao piano

Berlim, 11 de Dezembro de 2015
6h00m

Ainda é escuro

Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes

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