Libertação da alma…
Como um comboio, avanço por essas terras,
Esses vales. Ora subindo ora descendo.
Um balão alado que o vento chama.
Minha alma baila. Pura e leve.
Uma nuvem branca em fogosa correria.
Como um veleiro em marcha.
Deslizo silenciosamente sobre o mar imenso.
Vou dum continente até ao fim do mundo.
Sigo à vela, na magia dum piano e duma orquestra.
Devoro ondas. Rebento vagas,
Altaneiro avanço.
Sem dar conta das horas do tempo.
E vou…naquela rota onde as sereias vivem.
Tantos acordes me envolvem apaixonadamente.
Quase adormeço e sonho
Como um passarinho.
Sem mar nem vento,
Eu volto à terra e acordo em pranto
E me liberto…
Ouvindo Brahms, concerto nº 1 por Hélène Grimaud e uma
orquestra
Berlim, 16 de Dezembro de 2015
00h.45m
Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes
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