quinta-feira, 3 de dezembro de 2015

minhas sombras...

As minhas sombras…

vêm de longe do infinito, as minhas sombras.
imagens belas que o tempo dissipou
e o vento semeou na terra...

alcanço o céu.
aquele dossel de estrelas,
onde minha alma já morou.

me reclino e beijo.
são tão pesadas as saudades.
porque essa não morreu.

soam harpas, violinos,
vozes de anjos,

que coro lindo.
me enlevo e voo.

nele mergulho o meu passado
e de novo volto a viver.

ó alegria de estar vivo!...
era a hora de morrer...

ouvindo Fauré, “Pavane”

Berlim, 3 de Dezembro de 2015
18h28m

Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes


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