Varanda dos artefactos
Ponho ao sol os artefactos do meu engenho.
Manipulação das formas na densidade fria da matéria.
Quebro a minha arte com o escopro e o martelo.
Só me escapam as formas líquidas e os engenhos do impossível.
Está cheia a minha varanda.
Não há recanto lá dentro,
onde possa colocar mais quincalharia.
As aves que passam adiante ficam bico-abertas.
Parece ouvir-lhes o seu lamento:
-Coitado, este já se passou e deu a volta ao mundo..."
ouvindo " a moonlight" de Beethoven
Berlim, 21 de Abril de 2018
11h
Jlmg
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