A revolta das sapatilhas…
Elas pensavam ter nascido para
provisórias.
De pôr por acaso,
À falta de melhor.
Tudo deu para o torto.
O raio dos pés se lhes afeiçoaram
tanto,
Nunca mais largaram.
No começo, era só pró desporto ou
para correr.
Depois, para irem à festa.
Até que até na igreja à missa.
Sentem inveja dos pés do padre.
Sempre sapato ou bota fina.
Como vão longe aquelas botas de coiro,
Ainda cheiravam a erva.
Aquelas solas duras, à prova de água.
Os botins até ao joelho.
Foi tudo chão que já deu uvas.
Agora é o pano. Se respira melhor.
Berlim, 26 de Abril de 2018
7h43m
Jlmg
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