Linguagem dos sustenidos…
Foi na linguagem dos sustenidos que
consegui expressar meus pensamentos.
Cansado da dos bemóis, cheia de fusas
e semi-fusas.
Emigrei para as paragens do inefável.
Onde o sol nunca se põe.
Fui ao lá. Para além da semi-breve.
Recolhi em mim toda a carga das
pausas longas.
Fiz de galo e fiz de pombo.
Arrolei notas nas pautas brancas.
Sorvi o piano incandescente.
Me acalmei para sempre, à sombra fresca
das melodias,
Onde o passado já não existe e o
futuro é uma quimera…
Berlim, 23 de Abril de 2018
17h51m
Jlmg
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