terça-feira, 24 de abril de 2018

Às golfadas...

Às golfadas...
Devoro o sol, às golfadas,
Conforme ele jorra, lá do céu.
Lhe sorvo a luz, 
Bem no íntimo de mim mesmo.
Depois, germinam botões de flores.
Me enfeitam os dias e minha voz da consciência.
Ao sol me queimo.
Minha pele é uma capa fina.
Um invólucro leve. Só engana à vista.
A perfumo e lavo com os laivos
Que o vento traz.
Me deito à sombra nas horas mortas,
Para enxergar mais longe a eternidade.
Bar dos motocas, arredores de Berlim, 24 de Abril de 2018
9h31m
Jlmg

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