quarta-feira, 18 de abril de 2018

Palha a arder...

Palha a arder…
Livrai-nos da palha a arder.
Aquilo é um inferno escondido,
Dentro de casa.
Uma vez a arder, 
Leva tudo adiante.
Só a água faz frente.
Mas, a boiada da casa
Não quer outra coisa,
Antes que arda.
Chama-lhe um figo.
Cala-lhe a boca.
E, nos verões da província,
Noitadas de Agosto,
Pelo luar, nada mais belo
Que uma fogueira de palha,
Com danças malucas,
Saias ao vento,
Pernas ao léu,
E o vinho a correr.
Até as estrelas param para ver…
Berlim, 18 de Abril de 2018
Jlmg

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