segunda-feira, 16 de abril de 2018

Na vacuidade dum claustro...


Na vacuidade dum claustro

Na vacuidade dum claustro, ermo e solitário,
Ergo a minha alma em oração ao Criador.
Chovem feixes de luz e bênçãos,
Pelas vidraças das arcadas.

Meu jardim se reverdece na esperança viva que me dá a fé.
De vez em quando, crescem ervas daninhas pelos canteiros.
Só a foice e a enxada da penitência voltam a repor a paz.

Os dias e as noites se sucedem na cadência certa e milenar.
Depois de mim, virão outros iguais e melhor que eu.
O que importa é que os claustros nunca fiquem desertos…

Ouvindo Cantos Gregorianos
Berlim, 17 de Abril de 2018
6h29m
Jlmg

Sem comentários:

Enviar um comentário