Uma gaivota sozinha
Poisada no mar, uma gaivota sozinha,
Medita e olha de longe a terra
calada.
Toda a noite voou.
Veio do outro lado do mundo.
Agora, é a vez de ver o ninho
Onde há muito nasceu.
Busca parentes.
Revive as horas benditas
Em que aprendeu a voar.
Lá está o castelo.
Carregado de ameias.
E, num recanto, escondido,
Há um portinho sagrado.
Onde dormem os barcos
E repousam as redes.
Um bando inúmero a espera,
Estendido na praia molhada.
Só aguarda o sinal da chefe
E todas à uma, batendo as asas,
A irão saudar:
Sejas bem-vinda!...
Berlim, 1 de Abril de 2018
10h31m
Jlmg
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