Orvalho da manhã
Quando nasce o sol ao longe,
Refulge nos montes, uma mantilha
diáfana,
Cobrindo as urzes e os tojos.
Saltitam entre eles os pardais,
Atordoados com a claridade de mais um
dia.
Oxalá em paz.
Entre as hastes, pendem teias, como
cortinas,
Que as aranhas teceram à pressa.
E, sobre os vales, paira uma nuvem branca.
Não é de linho nem de lã.
É uma manta em tule.
Sob ela, dormiram os caules de milho
e de centeio.
Preparando o pão para o forno,
Com a farinha alba do moleiro.
Alheio a tudo, corre manso o rio, se
espreguiçando no seu açude.
Mais uns momentos de sol a abrir,
E tudo é cor em sinfonia.
É mais um dia.
Seja de paz…
Ouvindo “o pianista”
Berlim, 14 de Abril de 2018
8h25m
Jlmg
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