O mar da Caparica…
Como era bom pegar no carro e ir de
Almada à Caparica.
Lembro com saudade.
Passear calmo pelo paredão.
Sorver o vento com sabor a sal.
Nas manhãs ou tardes.
Palmilhar a areia e molhar os pés na
praia.
Sentar-me numa esplanada ao sol.
Beber uma bica.
Puxar da caneta e escrever um poema.
Ao ritmo das ondas.
Vendo os pescadores de cana em punho,
Atacando os peixes.
E a traineira ao largo, sonolenta,
Lançando a rede
para depois vender na praça
a pescaria a arder fresquinha.
“O Barbas” sempre a abarrotar ao
alto.
Cheiravam a jorros,
Suas travessas abundantes
de cozido à portuguesa.
Tinham magia aqueles promontórios,
Em montes de penedos,
Que se atreviam a travar o mar.
Como tudo reluz brilhante, agora,
Longe no tempo e no espaço…
Faz doer relembrar.
Ouvindo “ canções de amor” ao piano
Berlim, 13 de Abril de 2018
8h41m
Jlmg
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