quarta-feira, 11 de abril de 2018

Irrompeu a Primavera...

Irrompeu a Primavera
Aquelas alamedas de sebes secas,
Pareciam mortas.
Aquelas copas hirtas e desgrenhadas
Das árvores tristes.
Aquelas hortas nuas, sempre a dormir,
Tudo mudou.
Bastou o sol de um só dia.

Foi de repente.
Dum dia para o outro.
Ficaram verdes. Folhinhas tenras.
Vieram flores, de várias cores.
Com alegria.
Fazia falta.
A vida viva brota abundante.
As vestes negras, de cores sombrias
Se põem num canto.
Surgiram braços à luz do dia.
Brilham os rostos.
Há algazarra da pequenada
A jogar ao sol.
Bailam baloiços.
Se alcançam alturas
Nas cordas bambas,
Parece um circo.
E os cantoneiros da praxe,
De engaço em punho,
Enchem o carro com o que há a mais,
Pelo chão do bosque.
Uma feliz ideia que ocupa os idosos
E os faz felizes, por pouco dinheiro.
Para eles é muito.
Em vez da bisca...

Berlim, 11 de Abril de 2018
10h28m
Jlmg

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