Da ausência…
São pálidas as horas da ausência.
Falta-lhes a cor da luz
e o sol da esperança.
Seu tom é a sombra.
Sua face tem as rugas fundas e
enredadas da distância.
Atónito, o nosso espírito se afunda
num ermo desértico e seco.
Chove da atmosfera carregada uma
horda de pesadelos.
Dá vontade de fugir, mas para onde,
se tudo está distante.
E não há quem nos transporte.
A desgraça ruge ao longe como
faminta.
Só por milagre se recupera a
normalidade.
Aquele estado onde a vida decorre em
paz e tranquilidade.
E, tantas vezes, tão desperdiçado…
Berlim, 2 de Abril de 2018
16h18m
Jlmg
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