segunda-feira, 2 de abril de 2018

Da ausência...


Da ausência…

São pálidas as horas da ausência.
Falta-lhes a cor da luz
e o sol da esperança.
Seu tom é a sombra.
Sua face tem as rugas fundas e enredadas da distância.

Atónito, o nosso espírito se afunda num ermo desértico e seco.

Chove da atmosfera carregada uma horda de pesadelos.
Dá vontade de fugir, mas para onde, se tudo está distante.
E não há quem nos transporte.

A desgraça ruge ao longe como faminta.
Só por milagre se recupera a normalidade.
Aquele estado onde a vida decorre em paz e tranquilidade.
E, tantas vezes, tão desperdiçado…

Berlim, 2 de Abril de 2018
16h18m
Jlmg

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