sexta-feira, 13 de abril de 2018

De raiva e amargura...


De raiva e de amargura…


Rangem, de raiva e de amargura,
Os meus dentes.
Se desfazem de nojo os meus nervos.
Rasgo minhas vestes com ira furibunda.

Brado às forças do universo que desçam em nosso auxílio.
Para quê tanta sapiência e laboratórios de cultura,
Se, como nunca, na longa história, este mundo
Esteve tão perto do abismo?

E a deusa humanidade, tão arrogante, nunca foi tão humilhada pela injustiça.

Se revolva a terra em convulsão e renasça do seu ventre, novo corpo e nova alma, porque os desta já morreram.

Berlim, 13 de Abril de 2018
17h23m
Jlmg



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