quarta-feira, 11 de maio de 2016

trave-mestra...

A trave-mestra…

Sem alicerces,
Bem cravados sobre o chão,
De nada servem as paredes grossas
Nem a robustez da trave-mestra.

Rasgar uma rota funda
A toda a volta.
Tapar de pedra e argamassa verde
E secar ao sol
É a base forte que vai arcar o peso
Das toneladas de pedregulhos em castelo.
Mas não é tudo ainda.

Há as forças da cobertura.
O arco de triunfo
Que, sem argolas nem arriostas,
Vai suspender o monumento.
Eternamente.

Assim é a edificação da personalidade Vertical
Que vai suportar na vida,
Os nossos actos.

Como um pilar ao alto
Donde saem todos os ramos em andor.
Toda a folhagem colorida
Em verde e amarelo.
Todos os frutos que, em força,
Hão-de brotar dos nossos membros.

O monumento altivo
Onde habita a nossa alma…

Ouvindo Beethoven

O sol reina gelado e luminoso…

Berlim, 12 de Outubro de 2015
8h46m

Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes



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