A trave-mestra…
Sem alicerces,
Bem cravados sobre o chão,
De nada servem as paredes grossas
Nem a robustez da trave-mestra.
Rasgar uma rota funda
A toda a volta.
Tapar de pedra e argamassa verde
E secar ao sol
É a base forte que vai arcar o peso
Das toneladas de pedregulhos em castelo.
Mas não é tudo ainda.
Há as forças da cobertura.
O arco de triunfo
Que, sem argolas nem arriostas,
Vai suspender o monumento.
Eternamente.
Assim é a edificação da personalidade Vertical
Que vai suportar na vida,
Os nossos actos.
Como um pilar ao alto
Donde saem todos os ramos em andor.
Toda a folhagem colorida
Em verde e amarelo.
Todos os frutos que, em força,
Hão-de brotar dos nossos membros.
O monumento altivo
Onde habita a nossa alma…
Ouvindo Beethoven
O sol reina gelado e luminoso…
Berlim, 12 de Outubro de 2015
8h46m
Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes
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