Por empréstimo...
De empréstimo recebi
este corpo.
Vaso de barro
onde vive minha alma,
árvore com cor,
flor e com fruto.
Respira do vento,
baila e suspira,
regada da chuva,
brilhando ao sol,
regala,
faz sombra no chão.
Chora e canta,
de alegria e emoção.
Sente a dor no sangue das veias
que correm no corpo,
vela acesa que arde,
cá dentro,
de dia e de noite.
Nunca se apaga,
se eleva incessante,
mesmo que o barro
se desfaça em pedaços.
Exala perfume e encanto,
adoça o caminho ao amigo
que vem e que passa.
Só a tristeza e a dor
a enferma
e quase devora.
ouvindo áreas de ópera
Mafra, 2 de Agosto de 2015
6h32m
Joaquim Luís Mendes Gomes
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