Serenata ao sol...
Tanta palhaçada no meio da praça,
Relvada a fingir,
Cercada de bancos, em escada,
Semi-coberta de palas.
Dão cabeçadas.
Dão pontapés para o ar.
Correm e fogem sem tino,
Com uma bola nos pés.
Andam às voltas.
Para a frente e para trás.
Pulam tão alto,
Parecem macacos.
Duas gaiolas sem portas,
Guardadas por um.
Não consegue sair.
Tantas riscas no chão.
E as duas matilhas,
Comandadas por um,
Com um apito na boca,
Se esbaldoam no campo,
Como ondas num lago,
Quando se atira uma pedra.
Um alvoroço inaudito
Irrompe para o ar,
Em gritaria esquisofrénica,
Quando a bola inocente,
A rolar, se esbarra nas redes.
É a loucura total daquela multidão de Macacos-palhaços
Que não tem mais que fazer!...
amanheceu de sol
Berlim, 18 de Maio de 2016
9h16m
Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes
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