sexta-feira, 13 de maio de 2016

rasgar as vestes...

Rasgar as vestes
Apetece rasgar as vestes, de cima abaixo.
Que fiquem tais,
se não reconheça o alfaiate.
Fiquem à solta
e as leve o vento.

Estou farto de encobrir minha carne oculta
como se fosse um crime.
Afinal, têm casca as árvores
e nada mais.
E as aves e os leões
se sentem em liberdade.
Não perdem tempo as estrelas
para se vestirem cada manhã.
Brilham mais,
Assim expostas como vieram ao mundo.
Os rios só precisam do leito
para se banharem e não correm vestidos.
Me cubro apenas com o véu do vento
e como ele assim eu ficarei livre...
Berlim, 13 de Maio de 2016
9h3m
Jlmg
linda manhã de sol.
oxalá não chova...
Joaquim Luís Mendes Gomes

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