domingo, 15 de maio de 2016

horas aritméticas...

Horas aritméticas...
Caem em badaladas dos sinos,
nossas horas todas.
Passam aritméticas
pela ponta de nossos dedos.
Somam meses e somam anos.
Folhas secas
que se desprendem,
parecem mortas.
Só se vê as nervuras
que a vida lhes desenhou.
Subterrâneas,
como os rios,
vão tão cheios,
escondem sulcos,
tantas sendas,
tanto ramo
de horas vivas,
horas secas,
nossas mágoas...
São o espelho
da nossa alma
que não morreu...
Berlim, 15 de Maio de 2016
9h48m
bela manhã
Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes

Sem comentários:

Enviar um comentário