quarta-feira, 18 de maio de 2016

boneca de pano...

Boneca de pano.
De prenda a dei à afilhada.
Muito lá atrás.
Teria uns cinco anos, talvez..
Fui para a tropa,
Fui para guerra.
Casei e meus 4 filhos cresceram.
Nunca mais meus olhos a viram.
Ela cresceu.
Casou.
Não foi mãe por acaso.
Um dia, há pouco, fui vê-la.
Uma crescida mulher.
Linda e formosa.
Serviu-me o almoço,
Tão bom...
No fim, depois do café,
Apareceu-me adiante
Com uma bonequinha de pano...
-Lembra-se, padrinho?
Olhei..remirei.
- Por acaso, não.
- Foi o padrinho que ma deu...
E minha viva lembrança, de repente, surgiu...
Senti-me feliz.
Algum bem eu lhe dei.
Maria da Graça- Gracinha
Berlim, 18 de Maio de 2016
13h54m
Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes

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