segunda-feira, 16 de maio de 2016

aquela montanha alta...

Aquela montanha alta...

Ainda lá está
aquela montanha alta
que vela a aldeia bela
onde nasci há tanto.

A mesma pose.
Sóbria e majestática.
As mesmas vestes,
Do mesmo guarda-roupa,
Ela vai usando,
Conforme as estações.

De toucado branco,
Ao nascer do sol,
Como noiva garrida,
Usa um vestido largo
que lhe cobre os pés.

Toda a gente a adora.
Como se uma rainha.
Às vezes, parece chora
Quando nos vê partir.

E que contente fica,
Quando nos vê chegar.

Tem uma ermida santa
Onde se vai rezar.
Nossa casinha branca,
Sempre de porta aberta,
Haja chuva ou sol,
Onde se tem lugar.

Tantas vezes lá fui,
Já nem sei contar...

Berlim, 16 de Maio de 2016

dia de sol titubeante

Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes


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