domingo, 15 de maio de 2016

tormenta no mar...

Tormenta no mar…



Fugindo dum mar
Em alvoroço.
Furibundo.
Mar profundo, enrolado
Em vagalhões de espuma.

Medonhas e disformes
Montanhas de água.
Vales negros,
Devoradores.
Arribou ao porto,
Respirou fundo.
A vida forte e bela,
De novo, lhe sorria
À frente...
Em vez da morte.
Amarrou o barco ao cais.
Dando graças…
Fez-se ao caminho
De regresso a casa.
O que pensara,
Em turbilhão.
Durante aquela hora.
Infinda.
Parecia eterna.
Deus lhe ouvira a súplica
Ou não chegara ainda
A sua hora?...
Tantos erros no passado.
Outros tantos sonhos iriam morrer.
Não mais a sorte de amar.
E ser amado.
Nem a alegria dum sol
Nascendo em esplendor.
Ou se despedindo
Sobre um mar de sonho.
Acorrentado ao fundo extremo,
Jazeria para sempre morto,
Mas não esquecido.
Alguém, na praia,
Num lenço envolto,
O choraria sempre
Até o mar lhe restituir seu corpo.
Berlim, 15 de Maio de 2014
14h58m
Joaquim Luís Mendes Gomes
Tormenta no mar…
Fugindo dum mar
Em alvoroço.
Furibundo.
Mar profundo, enrolado
Em vagalhões de espuma.
Medonhas e disformes
Montanhas de água.
Vales negros,
Devoradores.
Arribou ao porto,
Respirou fundo.
A vida forte e bela,
De novo, lhe sorria
À frente...
Em vez da morte.
Amarrou o barco ao cais.
Dando graças…
Fez-se ao caminho
De regresso a casa.
O que pensara,
Em turbilhão.
Durante aquela hora.
Infinda.
Parecia eterna.
Deus lhe ouvira a súplica
Ou não chegara ainda
A sua hora?...
Tantos erros no passado.
Outros tantos sonhos iriam morrer.
Não mais a sorte de amar.
E ser amado.
Nem a alegria dum sol
Nascendo em esplendor.
Ou se despedindo
Sobre um mar de sonho.
Acorrentado ao fundo extremo,
Jazeria para sempre morto,
Mas não esquecido.
Alguém, na praia,
Num lenço envolto,
O choraria sempre
Até o mar lhe restituir seu corpo.
Berlim, 15 de Maio de 2014
14h58m
Joaquim Luís Mendes Gomes

Sem comentários:

Enviar um comentário