segunda-feira, 23 de maio de 2016

De Benavente...

Me lembro tanto de Benavente...

Me lembro tanto de Benavente,
Depois do Tejo
E dos passeios lindos
Que eu lá dei.

Era aos Domingos.
Ainda não havia a ponte grande.

De Almada a Vila Franca.
O Tejo ao lado.

Depois a ponte de Carneiro Pacheco em ferro.
Para a outra banda.

As lezírias longas e os seus campinos.
Barretes verdes.
Pela estrada fora,
Era a sombra dos pinheiros mansos.
Eram os primeiros
Do Alentejo à porta.

Flectíamos à esquerda.
Planura lhana ao pé da água.
Com cheiro a sal
E a enguias doces.

Benavente ao longe
Vinha chegando.
Parecia a dormir.

Aquele largo verde,
Com tanta ramagem,
Ao redor da igreja.

Aquele coreto em renda,
Tão bem bordado.

As serenas gentes
do Ribatejo.
Tão receptivas.
A família adorava!..

Bar dos Motocas, arredores de Berlim, 23 de Maio de 2016
10h55m

Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes


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