Me lembro tanto de Benavente...
Me lembro tanto de Benavente,
Depois do Tejo
E dos passeios lindos
Que eu lá dei.
Era aos Domingos.
Ainda não havia a ponte grande.
De Almada a Vila Franca.
O Tejo ao lado.
Depois a ponte de Carneiro Pacheco em ferro.
Para a outra banda.
As lezírias longas e os seus campinos.
Barretes verdes.
Pela estrada fora,
Era a sombra dos pinheiros mansos.
Eram os primeiros
Do Alentejo à porta.
Flectíamos à esquerda.
Planura lhana ao pé da água.
Com cheiro a sal
E a enguias doces.
Benavente ao longe
Vinha chegando.
Parecia a dormir.
Aquele largo verde,
Com tanta ramagem,
Ao redor da igreja.
Aquele coreto em renda,
Tão bem bordado.
As serenas gentes
do Ribatejo.
Tão receptivas.
A família adorava!..
Bar dos Motocas, arredores de Berlim, 23 de Maio de 2016
10h55m
Jlmg
Joaquim Luís Mendes Gomes
Sem comentários:
Enviar um comentário