terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

poemas de janeiro -2015 - de 1 a 10-

11/1 ·
subida ao espaço...
Desde os tempos iniciais,
que o homem se enamorou,
com aquele espaço,
alto e fundo,
onde aparece um mar de estrelas,
durante a noite
e lenta desliza uma bola branca,
de tamanho e forma,
inconstante.
que abre ora a noite
ora o dia.
onde deambulam perdidas,,
alvinitentes e bizarras caravelas,
carregando chuva e neve.
que semeiam.
onde um balão de fogo enorme
se acende ao nascer do dia
e se põe ao cair da noite.
,derramando luz e vida
pelo mundo inteiro.
onde, volta e meia,
se faz a guerra medonha
dos raios e trovões.
parecem dar cabo do mundo.
e o sol e chuva
se abraçam,
num grande abraço,
brilhante e colorido.
arco-iris.
para onde aflita,
foge a fumarada densa
dos incêndios e fogueiras
que dizimam as florestas.
e para onde sobem os sonhos
e nossos noctívagos pesadelos.
subida ao espaço...
Desde os tempos iniciais,
que o homem se enamorou,
com aquele espaço,
alto e fundo,
onde aparece um mar de estrelas,
durante a noite
e lenta desliza uma bola branca,
de tamanho e forma,
inconstante.
que abre ora a noite
ora o dia.
onde deambulam perdidas,,
alvinitentes e bizarras caravelas,
carregando chuva e neve.
que semeiam.
onde um balão de fogo enorme
se acende ao nascer do dia
e se põe ao cair da noite.
,derramando luz e vida
pelo mundo inteiro.
onde, volta e meia,
se faz a guerra medonha
dos raios e trovões.
parecem dar cabo do mundo.
e o sol e chuva
se abraçam,
num grande abraço,
brilhante e colorido.
arco-iris.
para onde aflita,
foge a fumarada densa
dos incêndios e fogueiras
que dizimam as florestas.
e para onde sobem os sonhos
e nossos noctívagos pesadelos.
quem será
tão poderoso e rico
que lá mora?...
ouvindo Chopin em piano...na madrugada alta
Berlin, 11 de Janeiro de 2015
6h59m
Joaquim Luís Mendes Gomes
Gosto ·

Germano Moura Moura‎Os Diogos de Felgueiras
10/1 ·
à beira do infinito...
saio de mim e vou pelo mundo,
à procura do infinito.
corro. subo. desço.
devoro o tempo,
sempre escasso,
tamanha distância
para tão breve vida.
tanto espaço verde.
e mar imenso.
tanto deserto,
seco e agreste.
vem a ânsia,
a fome,
a sede.
a dor.
sangram os pés.
de vez em quando,
sopra uma brisa,
surge uma sombra,
um sono profundo,
que o sonho desperta.
e alimenta a fé.
e a vontade
de chegar ao cume,
mesmo ao pé do infinito,
onde se respira a paz...
ouvindo André Rieu...
o dia nascendo
Berlin, 10 de Janeiro de 2015,
7h55m
Joaquim Luís Mendes Gomes
Gosto ·

Germano Moura Moura‎Os Diogos de Felgueiras
9/1 ·
escada rolante...
a vida não é uma escada rolante.
é preciso subi-la a pé.
debaixo para cima.
com toda a atenção,
contando os degraus.
tem balaustradas,
onde pormos as mãos.
umas seguras.
outras falsas empenas.
é preciso sabê-las.
não sobe a direito.
dá curvas e baques.
aos solavancos,
num carrocel.
passa por vales.
salta ravinas.
ao fundo um rio,
de águas tão limpas,
apetece saltar.
ou voar.
passa por bosques,
cheios de lendas,
sereias formosas,
cantando falsete.
baladas tão lindas,
feiticeiras perdidas,
nos querem perder.
sobe a castelos de sonho,
palácios reais.
onde apetecia ficar.
as portas cerradas
ao sangue do povo.
atravessa fronteiras.
povos diferentes.
outras bandeiras.
outros falares.
outros caminhos,
com escadas rolantes,
não é preciso suar e sofrer,
com riqueza abundante.
onde apetecia viver...
Berlin, 9 de Janeiro de 2015
6h45m
ainda está escuro, mas movimento de carros
Joaquim Luís Mendes Gomes
Gosto ·

Germano Moura Moura‎Os Diogos de Felgueiras
7/1 ·
começo meu dia...
começo meu dia na madrugada,
orando uma prece breve
ao Criador.
De tudo quanto existe.
Princípio e fim de tudo.
Seu motor e dono
presente e actuante.
O Rei dos mares e continentes.
De todas as galáxias que enchem o firmamento,
onde nossa Terra é uma migalha azul
e cada um de nós uma faúlha iluminada,
com uma chama imortal.
mais poderosa e importante
para Ele que o próprio sol...
Que Ele ama e quer
como um Pai o filho,
mas numa escala incomensurável.
Para quem a lei mais importante
não são as intrincadas leis da física
e da gravidade.
mas sim a lei do Amor...
real e verdadeiro,
por um desígnio
que só Ele entende
e nos transcende.
mas que o dom da Fé,
por milagre,
nos faz perceber e aceitar,
de olhos fechados
e coração a arder.
aquela lei que nos manda amar o nosso irmão
como cada um a si mesmo
e a Deus sobre todas as coisas...
numa relação de Pai a filho.
e asim eu parto para mais um dia.
com tudo o que de bom ou não,
ele me trouxer.
sabendo bem que a Sua mão me vela e prende,
haja lá o que houver...
ouvindo os "Divo"...
Hotel Horda numa cidadezita polaca, frente a Frankfurt Oder
7 de Janeiro de 2015
5h10m
Joaquim Luís Mendes Gomes
Gosto ·

Germano Moura Moura‎Os Diogos de Felgueiras
5/1 ·
das sobras...
o que fica duma obra acabada
espalhado pelo chão,
faz um montão
que tem seu proveito.
depende da arte e da ideia
de quem o aplica.
há sempre alguém
que o queira.
ao esculpir um tamanco,
a partir dum pedaço de ulmeiro,
restavam aparas aos montes.
o tamanqueiro as dava.
as levavam aos cestos.
depois de secarem
ardiam no forno
ou lareira,
sem fumo...
ó que poupança,
ó que conforto!
e havia o lavrista escultor.
de escopro e martelo,
de aço temperado,
na forja.
lavra sózinho,
com gana,
aquele bloco de pedra,
sem forma,
que saía do penedo bravio
da serra.
horas a fio,
batendo acertado,
na crosta da pedra,
na busca da forma
que jazia lá dentro,
à espera,
desde o princípio do mundo.
era um milagre que ia surgindo,
ao cabo de dias e meses,
num parto com dor.
fazia chorar!
o lavrista escultor e amante
que vivia da arte...
e dava as sobras das pedras
para alisar os caminhos.
Berlin, 5 de Janeiro de 2015
8h1m
um amanhecer de gelo e molhado
Joaquim Luís Mendes Gomes
Gosto ·

Germano Moura Moura‎Os Diogos de Felgueiras
5/1 ·
das sobras...
o que fica duma obra acabada
espalhado pelo chão,
faz um montão
que tem seu proveito.
depende da arte e da ideia
de quem o aplica.
há sempre alguém
que o queira.
ao esculpir um tamanco,
a partir dum pedaço de ulmeiro,
restavam aparas aos montes.
o tamanqueiro as dava.
as levavam aos cestos.
depois de secarem
ardiam no forno
ou lareira,
sem fumo...
ó que poupança,
ó que conforto!
e havia o lavrista escultor.
de escopro e martelo,
de aço temperado,
na forja.
lavra sózinho,
com gana,
aquele bloco de pedra,
sem forma,
que saía do penedo bravio
da serra.
horas a fio,
batendo acertado,
na crosta da pedra,
na busca da forma
que jazia lá dentro,
à espera,
desde o princípio do mundo.
era um milagre que ia surgindo,
ao cabo de dias e meses,
num parto com dor.
fazia chorar!
o lavrista escultor e amante
que vivia da arte...
e dava as sobras das pedras
para alisar os caminhos.
Berlin, 5 de Janeiro de 2015
8h1m
um amanhecer de gelo e molhado
Joaquim Luís Mendes Gomes
Gosto ·

Germano Moura Moura‎Os Diogos de Felgueiras
3/1 ·
as asas do avião...
a maior imperfeição do avião
está nas suas asas.
como seria lindo vê-los
batendo as asas
como uma gaivotas ou um condor.
o que se poupava em gasolina!...
dava para baixar o preço
até à exaustão.
dar-se-ia a volta ao mundo,
quase de graça.
se estreitariam as distâncias
entre os continentes.
e, finamente, haveria paz no mundo...
o petróleo deixaria de ser o pomo da discórdia,
entre as potências.
a concorrência seria só
na matéria-prima da musculatura
necessária à asa.
mas, teriam penas em vez de tinta.
e se usaria o vento delas,
muito mais higiénico,
como ar condicionado.
se escusaria o leme.
na orientação da nave.
e toda a energia eléctrica,
durante a noite,
sairia limpa das rotações
do seu bater.
porque de dia, seriam painéis solares!...
e, sobretudo,
não mais o barulhão nos aeroportos.
como seria bom,
viver ao pé...
só para os ver voar!
Berlin, 3 de Janeiro de 2015
18h9m
Joaquim Luís Mendes Gomes

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