ai, que amargo de tudo...
ai, este amargo!...
toma-me a boca,
o corpo e a alma.
me deixa de rastos.
tentei as mézinhas e chás.
com mel e limão.
usei a linhaça no peito
e o escalda-pés.
um pano,
à cabeça,
vendando os olhos.
bebi.
estendi-me ao sol,
como se fosse um lençol
a corar.
peguei na bicicleta
e comecei a subir,
camisa a voar...
e foi no lado de lá,
descendo cansado,
mergulhando no rio,
cristalino, ao fundo,
de águas correntes,
que todo o mal me passou.
e voltei ao normal.
A vida é assim...
Berlin, 15 de Fevereiro de 2015
7h9m
Joaquim Luís Mendes Gomes
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