sábado, 14 de fevereiro de 2015

ai que amargo de tudo...

ai, que amargo de tudo...

ai, este amargo!...
toma-me a boca,
o corpo e a alma.
me deixa de rastos.

tentei as mézinhas e chás.
com mel e limão.
usei a linhaça no peito
e o escalda-pés.

um pano,
à cabeça,
vendando os olhos.

bebi.
estendi-me ao sol,
como se fosse um lençol
a corar.

peguei na bicicleta
e comecei a subir,
camisa a voar...

e foi no lado de lá,
descendo cansado,
mergulhando no rio,
cristalino, ao fundo,
de águas correntes,
que todo o mal me passou.
e voltei ao normal.

A vida é assim...

Berlin, 15 de Fevereiro de 2015
7h9m
Joaquim Luís Mendes Gomes

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