terça-feira, 24 de fevereiro de 2015


crescem,
se reproduzem
abundantes.
roubam a luz
e o espaço vital.
fazem sombra.
asfixiam.
são estéreis.
sempre feias.
chamam insectos.
tudo avassalam.
quer no jardim.
quer no quintal.
semeiam a fome.
em pouco tempo.
se não forem extintas.
é igual
na vida mental.
há pensamentos.
negros farrapos.
surgem em nuvem.
toldam o céu.
tudo devoram.
são como a traça.
geram tristeza.
estiolam a esperança.
secam a alegria,
de querer viver.
trazem o abandono,
de todos os sonhos.
apetece parar.
nada interessa.
apetece morrer.
nos fecham em nós.
droga fatal.
insaciável.
faz-nos escravos,
capazes de tudo,
até de roubar.
até de matar...
se não forem extintos.
árvore do mal.
só a ginástica diária,
num ginásio sadio,
cheio de luzes.
exercícios mentais,
que tragam vigor.
vontade de sol.
com praia e mar.
mergulhos nas ondas
que nos façam avançar,
rumo aos confins,
onde reina o saber,
fonte de paz,
e só cresce o que vale,
sem ervas daninhas...
ouvindo Mozart
Slubice, na Polónia,
28 de Janeiro de 2015
6h10m
Joaquim Luís Mendes Gomes

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