sábado, 7 de fevereiro de 2015

claustros do eemitério...

aqueles longos corredores nos claustros do eremitério...


na encosta suave e soalheira,
no outro lado da minha aldeia,
havia implantado,
um convento solitário,
todo envolto de magia.

ao cair das noites,
com luar de lua cheia,
nos alvores de Agosto,
ressoavam vozes cândidas,
femininas, em vários tons,

pareciam arcanjos,
como eu imagino,,
cantando as laudes
ao divino Criador.

havia bandos densos
de irrequietas andorinhas,
em volta das duas torres altas e esguias,
cada uma com sua cruz.

eram as freiras professas
do convento de são Bento,
lavradeiras,
rezando as horas,
depois dum dia inteiro
de labor.

lindas hortas verdes,
com searas.
altas latadas de uvas verdes,
para o vinho.

grandes árvores de fruta
eram o regalo
das sobremesas,
ao fim das ceias.


e às quartas feiras,
saíam todas em cortejo,
às gargalhadas,
alegrando em festa,
os caminhos estreitos da aldeia.
enquanto os sinos,
anunciando sua saída,
badalavam todo o tempo...

só se calavam
quando as portas grossas
se abriam e encerravam,
depois da última...

Berlin, 7 de Fevereiro de 2015
15h49m
Joaquim Luís Mendes Gomes





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