em dia de inverno,
saí desarmado.
cansado da chuva,
persistente e teimosa,
confiei numa clareira de sol,
que me espreitou à janela.
e fui...
todo contente,
como um doente
que sentiu as melhoras.
corri e saltei.
assobiei de alegria,
como um miúdo,
a caminho da escola,
jogando à corda.
bastou uma nuvem,
negra e raivosa,
vinda da serra.
tudo mudou.
foi-se o sol.
vieram trovões.
momentos depois,
aquele caminho,
tão seco,
subindo a encosta,
de saibro amarelo,
parecia um rio,
cavalo sem freios,
correndo para o mar...
jurei...nunca mais...
Berlin, 26 de Fevereiro de 2015
8h6m
Joaquim Luís Mendes Gomes
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