odes bucólicas...
regresso as campos.
diviso os montes ao longe.
subindo e descendo.
bailando.
a dança das nuvens.
de chuva ou tingidas de azul,
caiadas de sol.
regresso às casas
pequeninas de pedra,
encasteladas à mão.
sem fechaduras de ferro.
trancas negras de pau.
os fornos a lenha.
caruma de pinho,
aos molhos,
sequinhos no chão.
galinhas e galos,
à solta,
que iam e vinham,
sózinhos.
nem precisavam de grão.
dos cevados nas cortes rugindo,
esperando lhe enchessemm as celhas...
com água
e gamelas com couves
e farelo de milho.
cavalos de crinas
bailantes,
a correr nas encostas,
sem freios,
nem laços nas patas.
dos rios correntes,
espraiados,
ente campos e montes,
aldeias expostas ao sol,
abençoadas
por Deus, seu Pai e Senhor...
das gentes caladas.
obreiras.
de mãos calejadas
comendo seu pão amassado,
com suor e com lágrimas.
alegres. festivas.
nas festas de ermidas,
nos cumes da serra.
padroeiros.
milagres. procissões.
com opas e incensos.
ao pálio.
se saudava o sol ao nascer
e a lua brilhante,
ao deitar,
com rezas. mezinhas.
para todas as feridas.
ouvindo Haendel
Berlin, 10 de Fevereiro de 2015
7h07m
Joaquim Luís Mendes Gomes
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