domingo, 17 de novembro de 2019

Desde o céu alentejano




Desde o céu alentejano

Alcanço o céu desde o chão alentejano.
Não tem fim.
Não há nuvens nem neblinas.
Só a luz.

Conto as estrelas, uma a uma.
As constelações gerais.
Enxergo a lua e suas sombras.
Mares imensos.
Montanhas vãs.
Veredas densas.
Colinas desertas.
Só lhes avulta a saudade.
Fontanários secos.
Nunca mais choveu.
Terras virgens onde o verde se tentou mas não pegou.
Dá vontade de cavalgá-las.
Se lá houvesse erva verde.
Não há comboios.
Porque nunca ali houve estações de ferro.

Que falta à lua que a terra tem?
Que vontade de ir à lua, terra livre.
Não é de ninguém…

Berlim, 17 de Novembro de 2019
12h36m
Jlmg



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