Lágrimas de saudade
Escorrem quentes as lágrimas da
saudade, num rosto que perdeu uma amizade.
Deixam um rio. Longo e fundo.
Onde seca, arde a saudade
impiedosamente.
Tempos áureos. Pareciam não ter mais
fim.
Melhor fosse nunca ter existido.
Mas assim o quis o destino poderoso e
sábio.
Talvez a lição que restou compense
tamanha dor.
Preço muito elevado para a faculdade
humana de amar e ser amado.
Onde a finitude é o risco da
existência.
O tempo é passageiro.
Fluindo tudo apaga e desvanece…
Ouvindo Khatia Buniatishvili -
Schubert: Impromptu No. 3 in G-Flat Major, Op. 90, D. 899
Berlim, em casa da Nônô, 15 de
Novembro de 2019
15h30m
Jlmg
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