sexta-feira, 15 de novembro de 2019

Casinhas brancas do Alentejo



Casinhas brancas do Alentejo
Debruadas de azul as portas e janelas vermelhas dão para um terreiro de terra, sempre muito limpa e asseada.
Reluzem-lhe ao sol as telhas encarnadas e as paredes brancas, caiada de fresco.
Rentinha ao chão, uma laje de granito serve de poiso à dona ao sol que, chapéu de palha na cabeça, pernas estendidas, zelosamente, cose as peúgas rotas da família.
De tempos a tempos, passa na estrada a carroça do monte vizinho, sem parar.
- Boas tardes, tia Rosa e mais os seus!
- Boa tarde, ti Manel, como tem passado? Está muito quente…!
Sucedem-se-lhe as horas e os dias.
Entre a cozinha e o quintal.
Sabe-lhe bem aquela sesta enquanto não chega o home e o burrico que, de graça, o ajudou todo o dia, na lavra da sua terra.
Berlim, em casa da Nônô, 15 de Novembro de 2019
16h14m
Jlmg

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