quinta-feira, 21 de novembro de 2019

Casa de pedra


Casa de pedra

Senhorial. Com traços fidalgos.
Casa de pedra, vestida de hera.
Dominando a encosta murada,
Cheia de vinha.
Sustenta um clã.
Do reinado, Brasil.
Onde abundavam as árvores
Que davam patacas.
Como os tempos mudaram.
Zarparam dali, rumando à cidade.
Ficaram os rendeiros, tratando de tudo.
Hoje, ninguém fala nem lembra na fidalguia d’outrora.
Vivia do ócio. Com vestes de réis.
Abundância imerecida que o vento levou.
Nem os muros ficaram.
A burguesia moderna, ávida de porte,
Sacrificaram os palácios ao deus do dinheiro…

Berlim, 21 de Novembro de 2019
15h31m

Jlmg

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