Estuário de poesia
Desagua em mim um estuário de poesia.
Sulcos que a magnanimidade da Natureza traçou delicadamente no cair da tarde da minha existência.
Prenda surpreendente. Brinde imerecido mas muito bem-vindo.
Um pôr-do-sol luminoso depois da batalha atribulada que tive de travar.
Um clarão que desfez todos os negrumes da luta.
Me compraz em cada dia a visita, sempre inesperada, dum poema para partilhar.
Lampejos fulgurantes que cintilam quando menos se espera.
Sensações que só a graça do divino pode explicar…
Ouvindo Schubert
Berlim, 25 de Novembro de 2019
8h52m
Jlmg
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