segunda-feira, 4 de novembro de 2019

Não invento nada...


Não invento nada…

Limito-me a reter em mim as ideias que pairam no ar.
Se formam palavras e versos sem rimas,
Algas verdinhas com sal,
Barcos parados com remos que esperam maré,
Salgas branquinhas que secam ao sol,
Ribeiros calados que descem das serras,
Adros de igrejas carregados de povo,
Fábricas que tecem o pão para toda a aldeia.
Campos de milho, bailando ao vento, preparam o pão que coze no forno,
às dúzias de broas.
Ramadas de vinho que escorre p’rás pipas, uma vez cada ano.

De tudo me sirvo, em pinceladas humildes, às vezes com sombra, outras com cores.

Berlim, 4 de Novembro de 2019
19h37m
Jlmg


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